Paixão por viagens: de onde vem?
Difícil saber de onde vem essa
vontade de viajar. Na verdade acho que todo mundo gosta de conhecer outros
lugares, tirar férias e das sensações que uma viagem proporciona, como lazer
relaxamento e não ter que cumprir com horários e obrigações. Mas existem
pessoas que sentem necessidade de viajar não somente nas férias e enxergam isso
como uma necessidade ou prioridade.
Posso dizer que pra mim, viajar é
sim uma prioridade. Mas não porque não gosto de trabalhar ou cumprir com certas
obrigações e também não sou ingênua de achar que a vida é só isso, uma viagem.
Desde criança, sempre me interessei por geografia e quando tinha uns 12 anos,
meu pai me trouxe um atlas de presente. Todos os dias, folheava aquele atlas e
mergulhava nos mapas daqueles países que eram tão diferentes do nosso. Não
demorou muito pra eu perceber que o mundo era realmente muito maior do que eu
imaginava. Sem nenhuma obrigação e sem nenhum professor me pedir, decorei todas
as capitais dos países do mundo. E o que mais me encantava, eram as figuras dos
monumentos, a história e a cultura de cada país. Ficava então sonhando ou
imaginando se algum dia teria possibilidade de visitar algum desses lugares,
como o Coliseu ou a Torre Eiffel.

Em 2010 terminei a faculdade e
antes de ingressar no mercado de trabalho, decidi fazer um intercâmbio de um
ano na Alemanha. Minha família descende de alemães e sempre tive vontade de
decifrar essa língua. Mais uma vez tive de fazer escolhas e abrir mão de
algumas coisas.
Um ano fora do país deixa
mudanças marcantes na vida de uma pessoa. Aprendi a me conhecer melhor e a
aproveitar todas as oportunidades que o mundo me oferecia. Com isso, vi que foi
a melhor experiência da minha vida, que o meu sonho de criança de conhecer o
mundo, realmente estava se concretizando.
E antes de você me perguntar se
sou rica ou de onde eu tiro dinheiro pra viajar, logo respondo: venho de uma
família classe média e felizmente nunca passamos por muitas dificuldades, mas
houve momentos sim, em que a grana era curta. A única coisa que meu pai bancou
até hoje foram meus estudos e por isso dei muito valor a cada centavo que ele
investiu em mim. Tenho muito orgulho em dizer que sempre banquei minhas viagens
todas sozinhas com meu dinheiro de babá que ganhava na Alemanha.
É só uma questão de saber quais
são suas prioridades. Como disse logo ali em cima, viajar pra mim é uma
prioridade. Por isso, prefiro investir o dinheiro que ganho trabalhando em
viagens ao invés de frequentar uma balada cara no final de semana.
Assim, viajando é que entro em
contato comigo mesma, onde procuro me autoconhecer. Procurei então aliar essa
vontade de viajar com trabalho e futuramente irei embarcar num navio de
cruzeiro. Não sei o que o futuro me reserva. Aliás, ninguém sabe. Só sei que
irei partir para mais uma experiência, para mais uma aventura. Sempre com
pensamentos positivos e planos na cabeça.
A vida é curta demais pra não
fazermos aquilo que acreditamos por medo. Faça valer a pena!