sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Paixão por viagens: de onde vem?

Difícil saber de onde vem essa vontade de viajar. Na verdade acho que todo mundo gosta de conhecer outros lugares, tirar férias e das sensações que uma viagem proporciona, como lazer relaxamento e não ter que cumprir com horários e obrigações. Mas existem pessoas que sentem necessidade de viajar não somente nas férias e enxergam isso como uma necessidade ou prioridade.
Posso dizer que pra mim, viajar é sim uma prioridade. Mas não porque não gosto de trabalhar ou cumprir com certas obrigações e também não sou ingênua de achar que a vida é só isso, uma viagem. 

Desde criança, sempre me interessei por geografia e quando tinha uns 12 anos, meu pai me trouxe um atlas de presente. Todos os dias, folheava aquele atlas e mergulhava nos mapas daqueles países que eram tão diferentes do nosso. Não demorou muito pra eu perceber que o mundo era realmente muito maior do que eu imaginava. Sem nenhuma obrigação e sem nenhum professor me pedir, decorei todas as capitais dos países do mundo. E o que mais me encantava, eram as figuras dos monumentos, a história e a cultura de cada país. Ficava então sonhando ou imaginando se algum dia teria possibilidade de visitar algum desses lugares, como o Coliseu ou a Torre Eiffel.

O tempo passou e chegou a hora de fazer faculdade. Optei pelo curso de turismo e confesso que me identifiquei bastante. Na época, cursava a faculdade em um estado diferente do qual eu morava. E então aprendi a colocar minha vida numa mala, a ter que fazer escolhas e lidar com a saudade de casa e da família. Não foi fácil, mas o que me motivava era saber que nas férias eu ia poder entrar no ônibus e enfrentar 24 horas de viagem pra rever as pessoas que amo.  Por isso, partir sempre foi um desejo que esteve dentro de mim. Descobri que preciso estar longe para sentir saudade, ou seja, eu precisava ir, pra saber quando era hora de voltar.
Em 2010 terminei a faculdade e antes de ingressar no mercado de trabalho, decidi fazer um intercâmbio de um ano na Alemanha. Minha família descende de alemães e sempre tive vontade de decifrar essa língua. Mais uma vez tive de fazer escolhas e abrir mão de algumas coisas.

Um ano fora do país deixa mudanças marcantes na vida de uma pessoa. Aprendi a me conhecer melhor e a aproveitar todas as oportunidades que o mundo me oferecia. Com isso, vi que foi a melhor experiência da minha vida, que o meu sonho de criança de conhecer o mundo, realmente estava se concretizando.

E antes de você me perguntar se sou rica ou de onde eu tiro dinheiro pra viajar, logo respondo: venho de uma família classe média e felizmente nunca passamos por muitas dificuldades, mas houve momentos sim, em que a grana era curta. A única coisa que meu pai bancou até hoje foram meus estudos e por isso dei muito valor a cada centavo que ele investiu em mim. Tenho muito orgulho em dizer que sempre banquei minhas viagens todas sozinhas com meu dinheiro de babá que ganhava na Alemanha.

É só uma questão de saber quais são suas prioridades. Como disse logo ali em cima, viajar pra mim é uma prioridade. Por isso, prefiro investir o dinheiro que ganho trabalhando em viagens ao invés de frequentar uma balada cara no final de semana.

Assim, viajando é que entro em contato comigo mesma, onde procuro me autoconhecer. Procurei então aliar essa vontade de viajar com trabalho e futuramente irei embarcar num navio de cruzeiro. Não sei o que o futuro me reserva. Aliás, ninguém sabe. Só sei que irei partir para mais uma experiência, para mais uma aventura. Sempre com pensamentos positivos e planos na cabeça.

A vida é curta demais pra não fazermos aquilo que acreditamos por medo. Faça valer a pena!


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